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A adaptação hedônica (às vezes chamada de esteira hedônica) é a tendência que existe de se retornar a um nível basal de felicidade apesar de variações temporárias devido a ocorrência de eventos bons ou ruins, este nível é chamado nível de estabilidade hedônica (hedonic set point).

Um estudo clássico da área (Brickman et al., 1978 [1]) mostrou que a diferença entre os níveis de felicidade de ganhadores de loteria e paraplégicos antes e depois do evento não é tão grande quanto esperada.

Enquanto uma porção considerável (em torno de 40%) da variação em felicidade dependa de atividades intencionais, um estudo com 1096 grupos de gêmeos criados juntos ou separados indica que em torno de 50% (44%-52%) da felicidade é determinada geneticamente, apoiando a teoria da existência de um nível de estabilidade hedônica [2].

Um estudo[3] com 3608 residentes alemães por 17 anos mostrou que 9% dos participantes apresentou variações significativas de felicidade neste período, mostrando que há possibilidade de variação do nível de estabilidade hedônica.

Mecanismos[]

Habituação[]

O principal mecanismo de adaptação hedônica parece ser a habituação, o processo pelo qual um estímulo novo tem seu efeito diminuído com o tempo.

Contraste[]

Processo opositor[]

A teoria do processo opositor propõe que alguns tipos de sensações, como prazer e sofrimento, quando recorrendo num curto espaço de tempo, geram uma reação posterior de sentido contrário, que aumenta em tempo e intensidade conforme a primeira sensação é repetida.

Ver também[]

Referências externas[]

Referências internas[]

  1. Brickman, P., Coates, D., Janoff-Bulman, R. (1978). “Lottery Winners and Accident Victims: Is Happiness Relative?” Journal of Personality and Social Psychology, 1978, Vol. 36, No. 8, p. 917-927 [1]
  2. Lykken & Tellegen (1996). Happiness is a Stochastic Phenomenon. Psychological Science Vol.7, No. 3, May 1996. [2]
  3. Diener, E. & Fujita, F. (2005). "Life Satisfaction Set Point: Stability and Change". Journal of Psychology and Social Psychology. Vol. 88, No. 1, pp. 158-164
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